
Após 9 horas e meia de um voo turbulento, com direito a episódios de desmaio e solicitações de médicos a bordo, ainda faltava a última etapa antes de podermos dizer que estávamos oficialmente em solo Português: passar pela imigração. Mesmo assim, a Bê já estava emocionada de rever, durante a aterrissagem, locais que não via há 8 anos, quando fez um intercâmbio em Portugal pela Univates.
A enorme fila até os guichês onde ocorrem as entrevistas até que andou depressa. O pessoal da imigração certamente estava de bom humor naquele dia. hehehe Conforme a fila diminuía, nossa tensão aumentava. O que iriam nos perguntar? Estávamos com toda documentação? Passaportes na mão? Vamos lá, carinhas felizes!
Tínhamos um discurso (real) preparado: iríamos visitar a “família portuguesa”, que acolheu a Bê na época do intercâmbio. A Bê também queria muito me mostrar lugares que tinham marcado a vida dela, tais como Leiria, Peniche e o Algarve.
Finalmente chegamos no guichê, onde fomos atendidos por um senhor que aparentava ser bem querido.
– Bundiiia! – disse o policial, no sotaque português inconfundível.
Tudo fluiu muito bem. O policial nos perguntou de onde vínhamos, o que iríamos fazer e se era nossa primeira vez em Portugal. Tudo respondido “conforme o script”, até que veio a pergunta:
– Úc viéram fzer em Prtugal?
A Bê respondeu “turismo” e eu, “estudos”, pois entendi que ele se referia à outra vez que a Bê veio!
Susto!
Mas conseguimos contornar a situação. Após mais algumas perguntas sobre onde a Bê tinha feito o intercâmbio, por quais sítios (locais) havia passado, o que fazíamos no Brasil, veio o tão esperado carimbo no passaporte!
Pronto! Estávamos oficialmente em território português!